quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Una carta...

Ela sabia que aquela viagem lhe faria bem, e prometeu a si mesma começar o ano com atitudes que transformariam sua vida por completo. O lugar era perfeito. Mar, sol, pessoas interessantes. Mas seu único interesse era esquecer os últimos acontecimentos, as últimas palavras, a última pessoa. Passara mais de um ano dedicando-se a um relacionamento sem futuro. Ela: linda, jovem, simpática, inteligente e, até onde lhe permitia a idade e oportunidades, profissionalmente estável. Ele: não tão jovem, não tão belo, profissionalmente não tão estável e casado. Deixar o coração comandar as relações talvez não seja tão apropriado para uma vida equilibrada. Seria bom se ela pensasse assim. Seria perfeito se todas [nós] pensássemos assim. O dia 31 virou 1º. As atitudes mudaram, ela mudou como prometera antes de embarcar. Mas os pensamentos são cruéis e não saem simplesmente de sua mente, não são “deletáveis”. Alguns dias para frente deixam de ser obsessão e passam a ser saudade, passa-se a saudade e viram lembranças, perdem o foco, vão para o esquecimento e ela só lembrará novamente quando vir algo que a faça recordar, mas não reviverá, porque já não importará mais, o foco é outro.Sua mudança a fez entender que não é bom se ocupar com o que é errado. O certo pode passar e não ser apreciado. Talvez seu coração precise de mais espaço, talvez precise ser esvaziado. Esse período de aparente vazio é muito bom, já experimentei, conjuguei errado, experimentando... Ela não vai ficar muito tempo assim. A verdade é que seria bom preencher logo os espaços, ninguém gosta de lacunas. O certo vai acontecer quando ela estiver distraída, olhando pela janela, fazendo algumas contas, dormindo no ônibus ou conversando comigo. Só quero que ela seja feliz. Ela será feliz.

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